quinta-feira, 16 de março de 2017

Milhares de pessoas protestam na Greve Geral



Na manhã desta quarta-feira (15), integrantes de diversas organizações sindicais, do campo e da cidade, protestaram em Greve Geral na área central de Brasília. Às 8h, eles se concentraram em frente à Catedral e, depois, em passeata, partiram em direção ao Congresso Nacional e, em seguida, reuniram-se em frente ao Ministério da Fazenda.

Na Bahia: Os profissionais da Educação das redes estadual e municipais do Estado da Bahia, em conjunto com trabalhadores de diversas categorias e entidades sindicais somaram milhares de pessoas que paralisaram suas atividades. As ações conjuntas, aprovadas em assembleias, vão até o dia 24 de março.


A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) conseguiu adesão de 98% de suas entidades filiadas em todo o Brasil. Para a secretária geral da CNTE, Fátima Silva, o movimento de hoje é vitorioso. “Nós estamos com vários municípios que não sabíamos que tinham entrado na greve e, nesta manhã, nos ligaram dizendo que estão parados 100%. Então, nós temos hoje, no Brasil, a educação parada totalmente, além de vários outros setores”, comemora Fátima.

Milhares de pessoas, aos gritos de “Fora Temer”, marcaram presença contra a Reforma da Previdência na capital do país. Cruzes e um caixão em frente ao Congresso simbolizaram pessoas que vão morrer no país sem poder se aposentar caso a reforma seja aprovada.

Para Fátima Silva, só quem ganha com a Reforma da Previdência são o sistema financeiro, os banqueiros e os deputados que fizeram a negociação para financiar a sua campanha. No mais, é perversa para todos. “Agora, ela é mais cruel para as mulheres. Cruel porque joga as mulheres trabalhadoras rurais a nunca mais se aposentarem. Joga hoje, no caso, 60% de quem trabalha na educação a impossibilidade de se aposentar porque vão morrer antes que isso venha a acontecer”, conclui a secretária geral.

Segundo o presidente da CNTE, Heleno Araújo, o que acontece no DF é uma amostra do que ocorre em todo o país. “Nós somos maioria nesse país, a maioria que produz a riqueza, a maioria que coloca alimento na mesa de cada brasileiro, e não podemos permitir que 300 pessoas que representam uma minoria que concentra a renda no país modifiquem as regras trabalhistas e da Reforma da Previdência. São direitos conquistados com muita luta e não podemos permitir que sejam tirados dessa forma. Por isso, é importante reagir, participar e manter a mobilização. Não podemos parar”, pede Heleno.

A Greve Geral permanece por tempo indeterminado. No dia 25 deste mês, em Brasília, será feita uma avaliação pela coordenação geral da greve (direção da CNTE mais um representante de cada entidade filiada) para decidir as próximas ações a serem tomadas.


Em nível estadual, distrital e municipal, cada sindicato filiado à CNTE debaterá sua pauta de reivindicação com os gestores e a sociedade, a fim de envolver a todos no compromisso público de valorizar a escola pública e seus profissionais.
Fonte: cnte.org

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